Saiba mais sobre a atuação e os planos da melhor ONG do Brasil de 2021
A Fundação Amazônia Sustentável acaba de ser reconhecida como a melhor do Brasil, pela edição 2021 do Prêmio Melhores ONGs. A organização busca “ser referência mundial em soluções para o desenvolvimento sustentável na Amazônia, por meio da valorização da floresta em pé e sua biodiversidade, do empoderamento comunitário e da ampliação e do fortalecimento de parcerias”. Agora ela é referência para todas as 1033 organizações que se inscreveram nessa edição. Seu superintendente-geral Virgilio Viana é o primeiro entrevistado dessa nova rodada de perguntas para o nosso blog. Boa leitura!
Como foi manter a atuação neste ano difícil? Foi extremamente desafiador. De um lado, houve o desafio de continuar a chegar nas comunidades, mesmo com o risco da pandemia. A nossa equipe foi muito guerreira e continuou trabalhando durante a pandemia, foi a campo para levar apoio a temas relacionados à saúde para mais de 7500 comunidades e aldeias na Amazônia e bairros periféricos da cidade de Manaus. Foi um exercício muito desafiador, tivemos vários colaboradores que pegaram covid, mesmo vacinados. De outro lado, houve o desafio de manter a organização funcionando, operando online, já que são quase 200 colaboradores presentes em diferentes locais. E o terceiro desafio foi para captar recursos e lidar com esse novo contexto da pandemia. Muitas instituições tiveram mudanças também, então a manutenção das parcerias e repactuação de projetos foram extremamente desafiadoras.
Qual é o maior sonho da organização para o ano que vem? O nosso sonho, para o ano que vem, é a consolidação de um fundo permanente da instituição, já que é algo estratégico para nós. Temos, desde o início, a meta de ampliar para dar um fôlego financeiro de longo prazo para a instituição, e isso, talvez, seja um ponto estratégico para nós no próximo ano, além do trabalho de valorização e formação continuada da nossa equipe. A FAS é uma instituição formada por pessoas e nós insistimos muito na formação da equipe, tanto em nível individual quanto na metodologia de gestão de trabalhos e equipes dos programas.
O que motiva a ONG e sua equipe a continuar? O que nos motiva é um consenso muito claro de propósitos. O nosso principal propósito é manter a Amazônia viva, com todos e para todos. A nossa estratégia é cuidar das pessoas que cuidam da floresta e, com isso, aumentar a percepção das pessoas de que a floresta vale mais em pé do que derrubada. São esses os nossos propósitos e estratégias que motivam a nossa equipe, que é muito aguerrida e enfrenta chuva, sol, banzeiro e muitas adversidades na Amazônia profunda. E é essa vontade de ser uma instituição capaz de gerar impactos positivos relevantes que nos motiva a seguir nessa jornada.
Como o Prêmio foi recebido aí e como acham que ele vai fazer diferença no trabalho? O Prêmio foi recebido como um injeção de ânimo e força por toda a nossa equipe, que celebrou de forma muito intensa, e é um reconhecimento que irá, sem dúvida, fazer diferença em nosso trabalho, uma vez que foi um processo de seleção muito consistente e sólido. Isso só reforça a nossa credibilidade junto aos parceiros e isso irá nos permitir, seguramente, a seguir um ritmo de expansão. Já temos um planejamento para um crescimento de 50% no próximo ano e nós esperamos que isso seja uma trajetória capaz de fazer com que nós tenhamos, na Amazônia, a prova de que as instituições da sociedade civil podem ter um papel muito relevante no enfrentamento tanto da agenda ambiental, de redução do desmatamento e da degradação florestal, quanto na agenda social, que é a erradicação da pobreza extrema e a promoção da justiça social.
Perdeu a cerimônia de premiação? Assista no Youtube do Futura:
Foto: celebração de 10 anos da criação da FAS/ FAS