Terceira fase: 10 a 21 de julho de 2023 (às 18h)

Selecionadas vão receber email solicitando o envio de documentos

“Não tenham medo de copiar os modelos de sucesso”, diz coordenador de melhor ONG do Sudeste

Melhor ONG de Educação de 2020 dá dicas para quem vai se inscrever esse ano.

Em 2019, o Centro Educacional Assistencial Profissionalizante (CEAP) foi reconhecido como a Melhor ONG de Educação do Brasil e, em 2020, ganhou destaque como a Melhor ONG da região Sudeste. A organização já atendeu, desde sua fundação, mais de 7.500 jovens em situação de alta vulnerabilidade social, oferecendo cursos de formação e qualificação profissional e o trabalho.

Conversamos com o seu coordenador, Bruno Pereira, sobre o reconhecimento trazido pelo Prêmio, os desafios e as lições que o CEAP tem para compartilhar.

Como foi a repercussão de ganhar o prêmio? Como foi a comemoração? Pelo segundo ano consecutivo ganhamos um grande prêmio, esse é um ponto expressivo nos discursos de parceria com outras instituições. Como o evento foi online, acabamos comemorando a distância, cada um em sua residência, mas houve bastante festa e gritos, conseguimos envolver alguns assistidos da instituição e fazer barulho nas redes sociais.

A premiação ajudou a captar recursos, voluntários, parcerias e reconhecimento da comunidade? Efetivamente, não houve nenhuma parceria, porém é um ótimo gatilho quando vamos falar com os novos parceiros, pois o Prêmio é reconhecido no terceiro setor. Todos sabem da importância que ele tem, e como é difícil ganhar, por isso, o prestígio.

Quais são os planos para 2021? Vão se inscrever outra vez? Em 2021, especificamente vamos focar no atendimento e retomada das atividades presenciais, o desafio é grande, mas estamos animados em conseguir atingir os objetivos. Quanto à participação na edição deste ano, com certeza, estaremos presentes, vamos buscar o “tri”.

Como a pandemia tem afetado o trabalho de vocês? Somos uma ONG de educação, com a vinda da pandemia, nosso campo de atuação sofreu bastante, novas regras, isolamento social e o travamento das aulas presenciais, impactaram diretamente os assistidos. Nos adaptamos e seguimos um formato totalmente novo.

Que conselho vocês dariam para as organizações que concorreram e não ganharam? Principalmente que não desistam, busquem benchmark com as que chegaram lá, não tenham medo de copiar os modelos de sucesso, pois, assim que aprendemos, olhando e aplicando os pontos de acertos dos outros.

Qual é o maior desafio de gestão que vocês têm hoje? O principal desafio da instituição é a busca pela autossuficiência, esse é um plano arrojado que estamos lutando para alcançar. Existem instituições mundo afora que já conseguem depender de seus próprios esforços de captação e estamos empenhados em chegar lá!

E o maior orgulho? 35 anos formando cidadãos íntegros que compartilham seus aprendizados e são referência onde passam.

Tem uma história de voluntariado ou ação que vale a pena contar? Nosso ensino personalizado é o que nos diferencia de outras instituições de ensino, todos os mais de mil alunos da nossa instituição são conhecidos, um a um, por seus nomes e sobrenomes. Aos poucos, vamos sabendo de suas histórias, suas origens, seus sonhos. Isso porque sabemos que cada pessoa é única e carrega suas particularidades. Assim, nossa proposta de educação personalizada busca acompanhar individualmente cada aluno a partir do momento em que ele coloca os pés no CEAP até a sua partida para ganhar o mundo.

Nesse ponto seria muito interessante apresentar a Preceptoria. Pense numa pessoa disponível para ouvi-lo sem julgamento todos os meses e ajudá-lo com questões tanto profissionais quanto pessoais. Pensou num terapeuta? O preceptor é quase isso. Ou mais do que isso. Para um jovem em situação de vulnerabilidade social, o preceptor é uma espécie de telescópio que o ajuda a ampliar a visão e perceber que há um mundo de possibilidades para além dos muros do CEAP. A preceptoria é um atendimento mensal, individual e personalizado, oferecido a cada aluno durante todo o curso. Funciona como uma espécie de coaching de vida. A ideia é que numa situação menos formal, fora do ambiente de aula, preceptor – em geral, um professor da instituição – e aluno conversem sobre aspirações e dificuldades profissionais e pessoais.